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Bernardo critica posição de Picciani

Ministro avalia declarações a favor de guerra fiscal como 'mau sinal'

Por Beatriz Abreu e Renata Veríssimo
Atualização:

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, considerou "mau sinal" as declarações do relator da proposta de reforma tributária na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), contrário aos dispositivos que põem fim à guerra fiscal. As declarações de Picciani acenderam o sinal amarelo na Esplanada e uma operação de negociação foi montada. Ontem, o deputado foi chamado ao gabinete do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Além do relator, participaram da reunião com Mantega o presidente da CCJ, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves (RJ). Picciani e Cunha pertencem ao mesmo grupo político. Governistas citam o episódio em que Cunha relatou, na CCJ, a proposta que prorrogava a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Segundo eles, Cunha só deu parecer favorável depois da nomeação de Luiz Paulo Conde, seu aliado, à presidência de Furnas. "Uma coisa é a briga dos Estados em relação à questão de compensação, sobre a definição das alíquotas, sobre a cobrança do imposto na origem ou no destino. Isso tudo é normal. Agora, falar que não quer acabar com a guerra fiscal é atacar o centro da nossa proposta", disse Bernardo. Picciani disse que iria considerar inconstitucional qualquer ponto do projeto que afete a autonomia dos Estados.

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