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Bernardo: Bolsa Família terá reajuste de 7% e não de 8%

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Por RENATA VERÍSSIMO E ADRIANA FERNANDES
Atualização:

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, informou hoje que o reajuste dos benefícios do Bolsa Família será de 7%, mas que alguns benefícios "terão os valores arredondados". Ele explicou, por exemplo, que o valor mínimo do beneficio do programa ficará em R$ 19,72, então, para facilitar o saque do dinheiro, o montante será arredondado para R$ 20. Por isso, alguns benefícios terão um reajuste um pouco maior do que 7%, mas não chegará a 8%, como anunciou hoje o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias. Bernardo informou que o reajuste representa uma despesa a mais este ano de quase R$ 400 milhões. No entanto, o governo terá que fazer um aporte adicional de cerca de R$ 200 milhões porque havia uma sobra de R$ 180 milhões na dotação orçamentária do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Hoje, o Ministério do Planejamento informou que fará um corte adicional (ajuste) de R$ 8,2 bilhões nas despesas do Orçamento da União. Esse corte será feito em R$ 5,2 bilhões nas despesas obrigatórias e R$ 3 bilhões nas chamadas despesas discricionárias do Poder Executivo. O ajuste será feito para viabilizar os recursos que serão destinados ao Fundo Soberano do Brasil (FSB), que terá um valor de R$ 14,2 bilhões, equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), para o reajuste do Bolsa Família e para outras prioridades do governo. O ministro do Planejamento explicou que o governo não divulgará ainda o corte de despesas que ocorrerá em cada ministério. Bernardo, contudo, explicou que como serão "ajustes fortes", o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a ele que converse com todos os ministros antes de divulgar os valores de corte em cada pasta. Ele disse que esse detalhamento estará no relatório de programação orçamentária que chegará em julho ao Congresso Nacional.

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