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Bernardinho recusa convite de Aécio para disputar governo do Rio

Técnico de vôlei se encontrou com o tucano no Rio de Janeiro nesta sexta-feira e afirmou que 'questão familiar tem um peso muito grande'

Por Luciana Nunes Leal
Atualização:

RIO - Esperança do PSDB para disputar o governo do Rio, o técnico de vôlei Bernardinho comunicou nesta sexta feira, 28, ao pré-candidato do partido à Presidência, Aécio Neves, que não será candidato em outubro. Em carta entregue ao senador mineiro, Bernardinho disse, porém, que pretende se engajar na campanha e afirmou que, no futuro, poderá disputar algum mandato eletivo.

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O técnico deixou nesta tarde o apartamento de Aécio, na zona sul do Rio. "Foi um privilégio ter convivido com Bernardo. Essa possibilidade foi colocada por nós, ele considerou que ainda não é o momento, mas não fechou as portas, está engajado no projeto. Não recebo como um adeus, mas um até breve" disse Aécio ao Estado.

Bernardinho tem sido assediado pelo PSDB desde o ano passado. Em agosto o técnico se filiou à legenda e, desde então, vem sendo cotado pelo partido para disputar o governo do Rio.  Após deixar o apartamento de Aécio, Bernardinho afirmou que o convite para ser candidato a governador "mexeu" com ele, mas reafirmou que "a questão familiar tem um peso muito grande".

O presidente do PSDB-RJ, Luiz Paulo Correa da Rocha, afirmou que "o projeto do Rio de Janeiro é o projeto do Aécio". O pré-candidato tucano embarca nesta tarde para Salvador e evitou falar das opções que estuda para a eleição no Rio. "A campanha ainda tem muitas variáveis, não só no Rio. Continuamos com o projeto de ter uma candidatura no nosso campo político", disse.

Desde 1999, quando terminou o mandato do governador tucano Marcello Alencar o PSDB tenta recuperar peso político no Rio de Janeiro, terceiro maior colégio eleitoral do País, sem sucesso. Nas eleições municipais de 2008 e estaduais de 2010 não lançou candidatura própria e disputou como vice na chapa de Fernando Gabeira (PV). Em 2012, quando o prefeito Eduardo Paes (PMDB) foi reeleito no primeiro turno, o candidato tucano, Otávio Leite, não chegou a 3% dos votos.

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