
09 de junho de 2011 | 08h17
Battisti foi condenado à revelia na Itália à prisão perpétua por quatro homicídios cometidos na década de 1970, quando integrava a organização Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Ele nega todas as acusações e diz ser vítima de perseguição política.
Imagens da TV mostraram Battisti deixando o presídio da Papuda, em Brasília, em um carro no início da madrugada desta quinta-feira, horas depois da decisão do Supremo.
Foragido desde 1981, ele foi preso no Rio de Janeiro em 2007 e recebeu do então ministro da Justiça, Tarso Genro, o status de refugiado político, contrariando decisão anterior do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare).
O governo italiano investiu tempo e prestígio no processo de extradição do ex-ativista. A ministra para assuntos da juventude, Giorgia Meloni, classificou a decisão da suprema corte brasileira como "a mais recente humilhação infligida às famílias das vítimas" e uma "tapa no rosto da Itália".
Em comunicado, o presidente italiano, Giorgio Napolitano, afirmou "deplorar" a decisão e expressou seu respeito às famílias das vítimas dos crimes que, segundo ele, foram cometidos por Battisti.
A parlamentar Alessandra Mussolini, neta do ex-ditador Benito Mussolini, que chefiou a Itália durante a Segunda Guerra Mundial, pediu que a Itália promova retaliações diplomáticas contra o Brasil.
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