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Benedita atribui ao PT nomeação da Waldomiro para Loterj

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Por Agencia Estado
Atualização:

A ex-ministra da Assistência Social e ex-governadora petista Benedita da Silva responsabilizou hoje o PT pela permanência de Waldomiro Diniz na presidência da Loterj depois que assumiu o governo, em abril de 2002. Segundo Benedita, que voltou de uma viagem de 96 dias ao exterior, Waldomiro ficou no posto (para o qual foi nomeado pelo governador Anthony Garotinho) por atender a critérios fixados pelo partido. Ele acabou, porém, filmado pedindo dinheiro ao empresário Carlos Ramos, o Carlinhos Cachoeira, em fita que o derrubou da subchefia de Assuntos Parlamentares do governo federal, em fevereiro, e abriu a maior crise do governo Luiz Inácio Lula da Silva. ?A prioridade nas escolhas foi uma coisa colocada partidariamente?, afirmou a ex-governadora. ?Primeiro, os servidores públicos concursados; depois, o servidor público que por sua competência estava desempenhando uma função...? Ela ressaltou que essa foi uma orientação ?partidária? e disse que ninguém lhe pediu que especificamente Waldomiro fosse mantido na Loterj quando assumiu. ?(Isso) Não é uma responsabilidade minha, não; foi uma responsabilidade do critério de escolha que tivemos para que permanecessem nos cargos algumas pessoas que já tinham sido do governo Garotinho?, declarou ela, que ressaltou não ter feito ?caça às bruxas? (perseguição a chefias da gestão anterior). A ex-governadora insistiu que Waldomiro era servidor de carreira da Caixa Econômica Federal (órgão no qual ele não trabalha desde o início dos anos 90) e disse que vários funcionários estavam nas mesmas condições e foram mantidos nos postos após a sua posse. ?Quando cheguei ao governo do Estado, as escolhas foram feitas por esses critérios, e não porque a pessoa, homem ou mulher, ou no caso, até mesmo Waldomiro, tivesse um critério diferenciado?, repisou. A petista também negou que Luiz Eduardo Soares, seu candidato a vice em 2002, a tivesse avisado que Waldomiro pedia ilegalmente dinheiro de campanha. ?Acredito que ele deve ter se equivocado?, afirmou. ?Até porque não tratei de campanha. Tratei de governo. De campanha tratou o Partido dos Trabalhadores. Isso tem que ficar muito claro, porque não vou amontoar brasas sobre a minha cabeça. Então, mais uma vez vou reafirmar: eu não sou candidata de mim mesma. Só saio candidata ou assumo qualquer função ou cargo quando isso é articulado e combinado com o meu partido. Portanto, as responsabilidades são nossas. Não é responsabilidade da Benedita.?

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