
28 de abril de 2009 | 15h30
O ex-ativista italiano Cesare Battisti disse nesta terça-feira, 28, que teme por sua vida caso seja extraditado, segundo informações da Agência Câmara. O governo brasileiro concedeu status de refugiado político ao italiano Cesare Battisti em janeiro deste ano. A decisão provocou reações da Itália, que pediu a extradição do ex-ativista de esquerda acusado de quatro crimes no país.
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Deputados da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara visitaram Battisti hoje. O deputado Domingos Dutra (PT-MA), que integrou a comitiva, disse que o italiano está sob estresse muito grande, mas esperançoso de que o Supremo Tribunal Federal (STF) confirme a decisão do governo brasileiro.
Battisti foi preso preventivamente no Brasil, em abril de 2007, e segue detido na Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, à espera da decisão do STF sobre o processo de extradição, após a concessão do refúgio pelo governo brasileiro, no dia 13 de janeiro. Dois dias depois, a defesa de Battisti entrou com uma petição no STF para que o tribunal autorizasse a saída do italiano da prisão.
Dutra informou que, segundo relato de Battisti, os agentes que comandam o sistema penitenciário italiano teriam feito um manifesto condenando o ex-ativista. "Há um receio muito grande de que, se o Supremo determinar a extradição, ele seja assassinado na Itália", disse o deputado.
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