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Battisti cita Gabeira e Ziraldo como contatos no Brasil

Por AE
Atualização:

O extremista de esquerda Cesare Battisti contou, em entrevista à revista IstoÉ, que antes de vir para o Brasil tinha contatos aqui, entre eles o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), que não conhecia pessoalmente. Afirmou ainda que tinha outros endereços, entre eles o do cartunista e escritor Ziraldo, mas não o usou. No fim da entrevista, Battisti informou que foi a ex-prefeita de Fortaleza Maria Luiza Fontenelle, eleita em pelo PT em 1986, que lhe enviou no dia 18 de dezembro um bolo de aniversário. Battisti está detido no Presídio da Papuda, enquanto aguarda a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre sua soltura, visto que o ministro da Justiça, Tarso Genro, lhe concedeu status de refugiado político. A atitude de Tarso levou a uma crise diplomática com a Itália, que exige a extradição de Battisti, condenado no país europeu à prisão perpétua, sob acusação de ter participado de ações que resultaram no assassinato de quatro pessoas. Battisti admitiu que pegou em armas e fez assaltos, mas negou que tenha atuado na execução de qualquer pessoa. ?Eu nunca matei ninguém. Eu nunca fui militante militar em nenhuma organização. Nem na Frente Ampla nem no PAC (Proletários Armados para o Comunismo), onde fiquei dois anos, entre 1976 e 1978.? Ele disse que saiu do PAC em 1978, depois da execução de Aldo Moro, ex-primeiro-ministro e presidente da Democracia Cristã, executado pelas Brigadas Vermelhas (outro grupo da esquerda armada na Itália). De acordo com Battisti, na época milhares de militantes abandonaram os movimentos de luta armada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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