O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirmou nesta segunda-feira ser contra o aumento do salário para Judiciário e Legislativo. Segundo ele, em entrevista à Globonews, essas reivindicações contrariam a necessidade do País em conter gastos. ?Não sou a favor do aumento. Acredito, num primeiro exame, que é preciso fazer uma justificação muito forte para esse aumento, mas, em princípio, eu não sou a favor?, disse o ministro. Ao Congresso, foram encaminhados projetos que prevêem os reajustes. Um deles é o que aumenta os salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal de R$ 24, 5 mil para R$ 25,7 mil a partir de 2007. Outro prevê a incorporação de gratificações aos salários dos membros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os 14 membros teriam um aumento de R$ 23,2 mil para R$ 28,8 mil. No caso da presidente do CNJ, Ellen Gracie, que também preside o Supremo Tribunal Federal (STF), o salário passará dos R$ 24,5 mil para R$ 30,3 mil se o projeto for aprovado no Legislativo. Os reajustes dos vencimentos dos integrantes do CNJ ocorrerão porque o projeto propõe que seja paga uma gratificação de 12% por sessão sobre o salário do CNJ. Como em geral os conselheiros têm duas sessões por mês, haverá um incremento de 24% nos salários. Já os deputados reivindicam um aumento de 91% para igualar seus salários ao dos membros do STF. O salário atual de um parlamentar é de R$ 12.847,20 mil e passaria para R$ 24,5 mil. Promotores e procuradores também querem aumento salarial. Está em discussão no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) uma proposta para aumentar o teto da classe de R$ 22,1 mil para R$ 24,5 mil. O CNJ e o CNMP foram criados como organismos de controle setorial pela emenda constitucional da reforma do Judiciário. Com Agência Brasil Este texto foi alterado às 15h18 com acréscimo de informação