Bastidores: Encontro no Planalto foi às escondidas para evitar confronto

Reunião de Abin com Dilma Rousseff foi cuidadosmante preparada

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Por Redação
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BRASÍLIA - A reunião no 3º andar do Palácio do Planalto, o mesmo ocupado pela presidente Dilma Rousseff, foi cuidadosamente preparada para que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e o seu chefe, o general José Elito Siqueira, não tomassem conhecimento da agenda.

 

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O Gabinete de Segurança Institucional funciona no 2º andar, mas as reuniões temáticas com grupos externos são, normalmente, realizadas no 4º andar. O general considerou a reunião um "ato de indisciplina" e "rebeldia" dos servidores da Abin. "Uma afronta ao meu comando", admitiu em conversas no GSI.

 

Quatro integrantes da Associação dos Oficiais de Inteligência (AOFI) se reuniram com três funcionários da Presidência lotados na chefia de Dilma, dirigido por Giles Azevedo, fiel escudeiro de Dilma. Giles, no entanto, não participou do encontro, que durou uma hora e meia.

 

Os representantes do governo Dilma fizeram questão de esclarecer que, naquele encontro, não havia espaço para "negociação" e que a reunião serviria apenas para apresentar demandas. Pediram, inclusive, que os funcionários da agência aguardassem "um momento mais adequado" para publicar a "Carta à Presidenta" na imprensa, como desejavam fazer de imediato. Os interlocutores de Dilma pediram que esperassem pelo momento certo, quando a Inteligência e a Abin fossem tratados como temas da agenda do governo. Os assessores de Dilma se comprometeram a repassar o teor da conversa à presidente da República.

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