
13 de junho de 2016 | 16h29
BRASÍLIA - Mais uma vez com o intuito de correr com o processo de impeachment, senadores da base do presidente em exercício, Michel Temer, articulam a dispensa de testemunhas da acusação para a sessão desta segunda-feira, 13, na comissão do impeachment.
"Entendemos que já temos indícios de sobra para podermos dispensar testemunhas no caso da acusação. Devemos dispensar duas testemunhas hoje e, se for o caso, dispensaremos todas amanhã", disse a senadora Simone Tebet (PMDB-MS). Apesar disso, ela negou que o posicionamento demonstre que o governo interino "já ganhou" o processo de impeachment.
Simone defende que essa é uma forma de contribuir para o fim da crise institucional e aproveitar o tempo do Senado para votar matérias "fundamentais", como a Desvinculação de Receitas da União (DRU) e os reajustes salariais do funcionalismo público, projetos que vieram da Câmara na última semana.
A sessão da comissão do impeachment da tarde desta segunda-feira, 13, é dedicada a ouvir testemunhas de acusação. Quatro pessoas foram convidadas, mas a base de Temer pretende ouvir apenas duas testemunhas. Os senadores devem apresentar requerimento para dispensa das demais no início da reunião, agendada para 16h. Para terem validade, os requerimentos precisam ser aprovados, o que deve ocorrer, já que o governo detém maioria no colegiado.
De acordo com a senadora Simone Tebet e também o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), o objetivo é ouvir o secretário de Macroavaliação Governamental do Tribunal de Contas da União (TCU), Leonardo Albernaz, e o secretário de controle interno do TCU, Tiago Alvez Dutra. Seriam dispensados o ex-subsecretário de Política Fiscal do Tesouro Nacional, Marcus Pereira Aucélio, e a ex-secretária de Orçamento e Finanças do Ministério do Planejamento, Esther Dweck.
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