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Base aliada funcionou para aumentar tarifa elétrica

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Por Agencia Estado
Atualização:

Apesar dos conflitos internos, o PFL deu nesta quarta-feira uma demonstração de unidade e deixou claro que seu apoio ainda é essencial para o governo. A força do PFL ficou evidente durante a votação da medida provisória do setor elétrico porque, sem os pefelistas, o Palácio do Planalto não teria conseguido aprovar a proposta. Depois do PSDB, o PFL foi o partido mais fiel ao governo: 72,9% dos 81 deputados pefelistas presentes à sessão votaram favoravelmente à MP, que aumenta as tarifas de energia elétrica. Este reajuste já está em vigor desde o início do ano, mas antes de a medida ser transformada em lei, ela ainda precisa da aprovação do Senado. As negociações do governo com o PFL e, em especial com o ex-senador Antonio Carlos Magalhães, foram bem sucedidas e levaram a bancada do partido da Bahia a votar favoravelmente à MP. Apenas o deputado Paulo Magalhães (PFL-BA), sobrinho de ACM, preferiu se abster. Dos 81 deputados pefelistas presentes à sessão, dez votaram contra o governo. Mas houve surpresas no Maranhão. A expectativa era de que todos os deputados do PFL maranhense fossem solidários com a candidata do partido à Presidência, Roseana Sarney. Mas dois deputados do Estado ? Cesar Bandeira e Francisco Coelho ? votaram com o governo. ?Esse governo não vive sem o PFL?, disse o líder do partido na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE). O partido mais fiel foi o PSDB: 79,6% dos 77 deputados presentes à sessão votaram a favor da MP do setor elétrico. Apenas dois tucanos de Goiás foram contra a proposta: Jovair Arantes e Pedro Canedo. O PPB foi outro partido que também se mostrou leal ao Palácio do Planalto, com os votos favoráveis de 72,2% de seus 45 deputados presentes. Em seguida, vem o PTB, que, nesta terça-feira, ameaçava votar contra a MP. Mas, nesta quarta-feira, 70,6% de seus 29 deputados que compareceram à votação apoiaram a MP. Já no PMDB, hoje considerado o principal aliado do PSDB, apenas 65,9% de seus 72 deputados presentes à sessão votaram com o governo. E, no momento da votação, o líder do partido na Câmara, deputado Geddel Vieira Lima (BA), não estava no plenário. A surpresa nos partidos de oposição ficou por conta do deputado Clementino Coelho (PPS-PE), que não seguiu a recomendação de seu partido e votou a favor da medida provisória.

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