BRASÍLIA - Antes mesmo de tomar posse à frente do Ministério da Fazenda, o ministro Nelson Barbosa discutiu os pagamentos em atrasos - as pedaladas fiscais - com os presidentes de bancos públicos.
Neste domingo, 20, Barbosa recebeu, ainda no Ministério do Planejamento, o presidente do Banco do Brasil, Alexandre Corrêa Abreu, e conversou por telefone com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, e com a presidente da Caixa Econômica Federal, Míriam Belchior.
Nas conversas, foi abordado o passivo que a União tem com as instituições. O governo tem que decidir como será o cronograma de pagamentos das pedaladas, que somam cerca de R$ 57 bilhões. O ainda ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendia o pagamento dos atrasados para bancos públicos de uma só vez, e o parcelamento de recursos devidos para o FGTS.
Em entrevista ao Broadcast, neste sábado, 19, Barbosa disse que irá se informar de todos os detalhes com o Tesouro e vamos anunciar uma decisão nos próximos dias. "Preciso conversar com a equipe do Tesouro para ver quais são as alternativas antes de emitir uma posição", afirmou.
Secretários. Barbosa quer conversar com a atual equipe do Ministério da Fazenda antes de anunciar ser secretariado, o que deverá ser feito amanhã, depois da posse. Barbosa, passou o domingo reunido com auxiliares e técnicos do Planejamento e da Fazenda.
Revisou dados dos dois ministérios e preparou o discurso que usará amanhã na cerimônia de transmissão de cargo, marcada para as 17h no Palácio do Planalto. Levy também participará da cerimônia. Ambos deverão fazer discursos institucionais e não deverão ser anunciadas novas medidas.
Nesta segunda-feira, 21, Barbosa começa o dia de sua posse com reunião com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, às 9h30 . Às 12h, na tentativa de acalmar os mercados, que receberam a indicação de Barbosa com nervosismo, faz conferência por telefone com investidores nacionais e estrangeiros.
A posse seguida de transmissão de cargo ao Ministério da Fazenda está marcada para as 17h, no Palácio do Planalto.