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Barbiere liberou R$ 3 mi e Bruno Covas, R$ 2,1 milhões

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Por Fernando Gallo
Atualização:

Citados largamente no escândalo das emendas secretas, o deputado Roque Barbiere (PTB) e o deputado licenciado e secretário de Meio Ambiente Bruno Covas (PSDB) conseguiram liberar em 2010, respectivamente, R$ 3 milhões e R$ 2,1 milhões. Barbiere é o 22.º no ranking de 97 deputados, enquanto Bruno ocupa apenas o 71.º lugar. Barbiere, que afirmou em uma entrevista a um canal de internet que "até 30%" dos deputados "sobreviviam e enriqueciam" vendendo emendas, intermediou a assinatura de 29 convênios. O maior deles, no valor de R$ 330 mil, foi feito com o objetivo de reformar e ampliar a Santa Casa de Misericórdia São Francisco, na cidade de Buritama. A maior parte das indicações do deputado denunciante se destina a aquisição de veículos ou equipamentos para prefeituras ou entidades beneficentes do interior. Dezoito emendas tem valor inferior ou igual a R$ 50 mil. Na lista divulgada pelo governo não consta nenhuma emenda de Barbiere para Birigui, cidade onde tem sua base eleitoral. O maior inimigo do deputado é o atual prefeito, Wilson Borini (PMDB).É de Barbiere a autoria da emenda de menor valor entre todas as pagas em 2010: R$ 8 mil para a compra de um aparador de grama para a cidade de Guzolândia. Por um erro na divulgação da planilha, não é possível identificar o beneficiário da indicação. Bruno Covas, que em uma entrevista ao Grupo Estado contou que um prefeito certa vez tentou lhe dar R$ 5 mil em dinheiro por uma emenda de R$ 50 mil, conseguiu a liberação de 20 emendas. Assim como Barbiere, destinou a de maior valor - R$ 500 mil - a uma Santa Casa, a de Santos, sua cidade natal, para aquisição de equipamentos. Depois dessa, as de maior valor são cinco de R$ 150 mil, das quais três são para pavimento asfáltico.Onze das emendas têm valor inferior a R$ 50 mil, três são desta exata quantia. Uma para aquisição de equipamentos para uma entidade assistencial, outra para a reforma do velório da cidade de Embaúba e a terceira destinada a reformar e ampliar o cemitério de Nova Castilho.Em diversos registros feitos em seu site pessoal, Bruno disse ter participado, em 2010, das assinaturas de convênios oriundos de emendas de sua autoria que, somados, chegam a mais do que o dobro do total informado pelo governo do Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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