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Banqueiros doaram à campanha de Ciro R$ 1,1 milhão

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Por Agencia Estado
Atualização:

Embora tenha passado grande parte de sua campanha criticando os banqueiros, o presidenciável derrotado do PPS, Ciro Gomes, recebeu doações de R$ 1,1 milhão de instituições financeiras: R$ 1 milhão do Banco de Crédito Real de Minas Gerais e R$ 100 mil do Banco Industrial e Comercial. Com dois dias de atraso, Ciro Gomes encaminhou na quinta-feira ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a prestação de contas da sua campanha. Ciro disse que o PPS arrecadou R$ 13.942.875,72 e que as despesas foram de R$ 13.936.188,67. A sobra deverá ficar com o partido, como determina a legislação. O PTB também entregou ao TSE a sua prestação de contas sobre a campanha presidencial. O partido, que apoiou a candidatura de Ciro Gomes, informou que recebeu R$ 2.395.257,71 em doações. Ao pedir o registro de sua candidatura, em julho, Ciro Gomes informou ao TSE que pretendia gastar, no máximo, R$ 25 milhões na campanha. Na prestação encaminhada anteontem, além dos bancos, ele informou que recebeu recursos de indústrias, empresas e construtoras. Entre as principais doadoras estão a Recoforma Indústria do Amazonas, com R$ 1 milhão, a Gerdau, com R$ 1,315 milhão, a Sibra, com R$ 700 mil, a Companhia Siderúrgica Nacional, com R$ 697 mil, e a construtora Odebrecht, com R$ 500 mil. No início da campanha, Ciro Gomes dizia, de forma categórica, que não aceitaria doação de banqueiros. Mas no final de julho, diante do seu crescimento nas pesquisas de intenção de voto, o comando da Frente Trabalhista (PPS, PDT e PTB) começou a admitir o recebimento das doações das instituições financeiras. "As doações de banqueiros serão bem-vindas, desde que sejam feitas dentro da lei e sob o manto das nossas propostas", comentou na época o coordenador político da campanha, o deputado federal João Herrmann Neto (PPS-SP).

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