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Bancada deve seguir voto do relator , diz petista do Conselho de Ética

Deputado Zé Geraldo volta a negar pressão do partido ou do Planalto e afirma que posicionamento será votar de forma unificada

Por Daniel de Carvalho e Daiene Cardoso
Atualização:

BRASÍLIA - Um dos três petistas que integram o Conselho de Ética, o deputado Zé Geraldo (AP) disse nesta terça-feira, 24, que o partido votará de maneira unificada e conforme posicionamento do relator Fausto Pinato pela admissibilidade do processo que pode culminar com a cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O deputadoZé Geraldo (PT-PA) Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

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Desta vez, os três petistas, Zé Geraldo, Valmir Prascidelli (SP) e Léo de Brito (PT-AC) compareceram à sessão a tempo de contribuir para o quórum necessário para abrir a sessão. "A nossa bancada aqui vai votar de forma unificada. Não teremos voto destoando. O meu voto, o voto do Prascidelli e o voto do Léo de Brito será o mesmo voto e o posicionamento nosso hoje é acompanhar o voto do relator. Esse é o nosso posicionamento. Segue o processo", afirmou Zé Geraldo.

O deputado voltou a negar pressão do PT ou do Planalto para que eles evitassem confronto com Cunha. "Tanto o PT, quanto a bancada, quanto o governo sabem que temos uma independência nos nossos três votos. A maior autoridade aqui é a nossa própria consciência", afirmou.

Zé Geraldo, no entanto, disse não ver necessidade de o partido tomar uma posição oficial contra o peemedebista. "O Cunha não é um produto nosso. Não votamos no Cunha. Tivemos o nosso candidato. A oposição, que sustentou o Cunha até agora, agora vira oposição ao Cunha. Não tem porque nós cumprirmos o mesmo papel que o PSDB cumpre e que outros cumprem", disse o parlamentar.

O deputado disse ainda que o PT não pode se tornar refém de Cunha por causa da possibilidade de retaliação por parte do presidente da Câmara. "Claro que tem matérias importantes para votar, mas não podemos ficar reféns", afirmou.

Questionado sobre eventual pressão por causa da possibilidade de Cunha abrir processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, Zé Geraldo disse não acreditar que o peemedebista adotará esta posição. "Naturalmente não é agradável, não é bom para o governo, para a presidenta Dilma a abertura de impeachment neste momento e nem para a sociedade brasileira. Nem sei se o presidente tem coragem de fazer isso num momento como este. Este debate não é bom. Acredito que o presidente Cunha não fará isso. O momento não é propício", afirmou

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