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Baianos preparam novos atos contra ACM em Salvador

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Por Agencia Estado
Atualização:

Estudantes, sindicalistas e representantes de diversas entidades voltam às ruas de Salvador esta semana para novas manifestações pedindo a cassação do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Nesta terça-feira, as entidades do Movimento Negro da Bahia convocaram associados e a população para uma marcha no centro da capital. Na quarta-feira, quando o parecer do relator da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, Roberto Saturnino Braga (PSB-RJ), sobre o caso da violação do painel da Casa deve ser votado, o movimento sindical e partidos de oposição também realizam ato defendendo a cassação de ACM. Com a frase, "Antes do apagão, apague a corrupção. Exigimos CPI e cassação", o Movimento Negro pretende realizar uma passeata entre a Praça da Piedade e o Pelourinho. "Nós, homens negros da Bahia, somos, em maioria, pessoas pobres e dignas. Lutamos todos os dias para garantir a nossa sobrevivência, honestamente. Não consideramos a desonestidade algo natural, que deve ser instalada como prática", diz um trecho do panfleto de convocação. "ACM, no decorrer de sua carreira política, sempre esteve ao lado dos poderosos, inclusive (o ex-presidente) Fernando Collor e (o presidente) Fernando Henrique, o pai do maior arrocho salarial, do desemprego, do desmonte do Estado e do apagão." As entidades negras ficaram irritadas com a comparação que o jornal Correio da Bahia (da família de ACM) fez entre Magalhães e o ícone do movimento negro brasileiro, Zumbi dos Palmares, na cobertura da visita do senador à Federação do Culto Afro, no dia 13, da Abolição da Escravatura. "Como comparar um líder revolucionário, assassinado lutando contra o Estado escravista, com um autêntico representante da classe dominante opressora? Não queremos ver nossa ancestralidade, cultura e imagem sendo usadas por alguém que se comporta como os antigos senhores de engenho", diz outro trecho do panfleto. Nos últimos dias, ocorreram cinco manifestações contra ACM, duas das quais reprimidas com violência pela Polícia Militar.

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