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Ayres Britto contesta Joaquim Barbosa sobre 'conluio' entre advogados e juízes

Ex-ministro do STF disse nunca ter presenciado a prática denunciada pelo atual presidente do tribunal

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Por Wilson Tosta
Atualização:

RIO - O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto, aposentado desde 2012, afirmou nesta quarta-feira, 20, que a existência de suposto conluio entre advogados e juízes, apontado na terça-feira, 19, pelo atual presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, não é uma característica central da Justiça.

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Cauteloso, Ayres Britto evitou entrar diretamente na discussão do tema que, afirmou, deve ser investigado pelo Poder Judiciário e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em contraste com as recorrentes críticas de Barbosa, porém, destacou avaliar a Justiça de forma positiva.

"No mérito desta discussão prefiro não entrar", declarou o ex-ministro. "O meu testemunho, de membro do Poder Judiciário durante nove anos e meio e como presidente, é de que nunca detectei, nunca percebi esse conluio como característica central, absolutamente. O meu juízo sobre o Poder Judiciário brasileiro é favorável, é afirmativo. O Judiciário existe para isso (para investigar esse tipo de problema), o CNJ existe para isso. E vem cumprindo muito bem o seu papel. É de esperar que mais uma vez cumpra seu papel institucional."

Ayres Britto deu rápida entrevista depois de participar do painel Liberdade de Expressão Global, promovido pelo Columbia Global Centers Latin America (Rio de Janeiro), em conjunto com o Instituto Palavra Aberta, na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro.

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