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Autoridades divergem sobre suspeita de SRAS em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

O Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) descartou nesta sexta-feira a hipótese de o paciente internado no Hospital São Paulo, um funcionário da Toyota de 48 anos, que esteve recentemente na Tailândia, estar infectado pelo vírus da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SRAS). "Não consideramos este um caso suspeito", disse o diretor técnico do CVE, Carlos Magno Fortaleza. Como medida de precaução, entretanto, a equipe médica o mantém internado em uma ala isolada do hospital. "Não podemos descartar a suspeita", diverge o diretor clínico do hospital, Antonio Carlos Campos Pignatari. O caso revelou diferenças entre as avaliações epidemiológicas, do CVE, e clínicas, dos médicos. O centro trabalha com os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS), pelos quais apenas casos de pessoas que passaram por regiões de transmissão direta do vírus podem ser classificados como suspeitos. O paciente, de origem japonesa, esteve na Tailândia entre 26 e 28 de março. O país já registrou 11 casos suspeitos e 2 mortes, mas não é considerado área de risco pela OMS. Do ponto de vista clínico, a hipótese de Sars não pode ser afastada até que o organismo causador da infecção seja identificado. Amostras de secreção do paciente foram enviadas para o Instituto Adolf Lutz, que tentará isolar e identificar o agente infeccioso. Apenas esse exame poderá confirmar se é mesmo o vírus da Sars. O resultado sai em três semanas. Veja o índice de notícias sobre a pneumonia atípica

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