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Autor do impeachment de Dilma, Hélio Bicudo adere ao 'Fora, Temer'

'A democracia já estava ferida com a saída da Dilma. Por que, então, manter o Michel Temer?', questionou o jurista ao 'Estado' 

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Foto do author Pedro  Venceslau
Por Pedro Venceslau
Atualização:

No mesmo dia que a oposição protocolou seu primeiro pedido impeachment contra o presidente Michel Temer (PMDB) em Brasília, o jurista Hélio Bicudo, um dos autores do pedido de impedimento de Dilma Roussef, disse ao Estado que apoia a iniciativa. 

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"Se houver um pedido com contorno jurídico consistente eu acompanho. A questão do impeachment é política com nuances jurídicas. A materialidade é uma questão secundária. Trata-se de um remédio político que deve ser aplicado", disse ele. 

Ex-deputado, Bicudo foi filiado ao PT e um importante quadro da sigla durante a maior parte de sua carreira. Em 2015, já tinha rompido com o partido quando uniu-se ao ex-ministro da Justiça, Miguel Reale Jr e a advogada Janaína Paschoal na elaboração do pedido de impeachment de Dilma que acabaria sendo aprovado pela Câmara e Senado. 

Os juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr, responsáveis pelo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff Foto: Estadão

"A democracia já estava ferida com a saída da Dilma. Por que, então, manter o Michel Temer? Todos sabem que ele não é de nada. O Temer trouxe o pessoal do passado para o presente. É um equívoco manter a estabilidade democrática através da burocracia", disse ele. 

Ainda segundo o jurista, a saída de Dilma foi política. "Ela foi defenestrada. Na linha sucessória ficou o Michel Temer, que se tornou presidente com os votos dela".

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