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Ausente do Conselhão, Geddel diz que ainda não tomou conhecimento de decisão da Comissão de Ética

Ministro deve almoçar nesta segunda-feira, 21, com o presidente Michel Temer e integrantes do Conselhão

Por Erich Decat , Tania Monteiro e Valmar Hupsel Filho
Atualização:

BRASÍLIA - Ausente da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, disse que ainda não tomou conhecimento da decisão da maioria da Comissão de Ética Pública da Presidência da República pela abertura de um processo contra ele no colegiado. 

"Ainda não conheço a decisão. A Comissão de Ética não abre processo. Mas acabei de chegar, deixa eu me inteirar primeiro", afirmou Geddel ao Estado. Ele passou o fim de semana na Bahia e chegou ao Palácio do Planalto, acompanhada por seu assessores, por volta das 12h45 desta segunda-feira, 21, pouco depois de o presidente Michel Temer encerrar o encontro do Conselhão, iniciado às 9h30.  O ministro não participou da reunião. "Não faço parte do Conselhão", justificou. 

Ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima Foto: Dida Sampaio/Estadão

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Apesar da ausência na reunião, que contou com a participação de representantes da sociedade civil, entre artistas, empresários, sindicalistas e políticos, Geddel deve participar do almoço que Temer dará na tarde desta segunda-feira, 21, ao grupo, no Palácio do Alvorada, residência oficial da presidência da República. 

Conforme o Estado apurou, o ministro pretende aguardar as próximas horas para saber os possíveis desdobramentos das acusações feitas pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero. Segundo Calero, Geddel o pressionou para liberar a construção de um empreendimento imobiliário em Salvador, no qual o ministro teria um apartamento. A ideia é manter como a "definitiva" a posição que foi apresentada na série de entrevistas realizadas no sábado, 19, e no domingo, 20, nas quais o ministro tentou se explicar das acusações de Calero. 

Antes de Geddel chegar ao Palácio do Planalto, cinco dos sete integrantes da Comissão de Ética Pública da Presidência da República declararam o apoio à abertura de um processo contra o ministro. Apesar da maioria, o processo não foi aberto imediatamente porque um dos conselheiros pediu vista, o que adiará a decisão para 14 de dezembro. Os conselheiros podem mudar o voto até a decisão final.