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Auditores da Receita rejeitam proposta e entram em greve

Por Agencia Estado
Atualização:

Os 7,5 mil auditores da Receita Federal rejeitaram a proposta encaminhada à categoria pelo governo federal, na madrugada de hoje, e deflagraram uma greve nacional de advertência, com duração de 96 horas. A paralisação atinge todas as áreas de fiscalização de campo, portos e aeroportos em todo o País. De acordo com a Unafisco Sindical, sindicato da categoria, foi adotado um sistema de operação-padrão em aeroportos, com conferência minuciosa da documentação de embarque e desembarque de mercadorias. Estão sendo liberadas as entradas e saídas de produtos perecíveis, especificamente de alimentos, medicamentos e produtos explosivos. A proposta apresentada pelo secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, por volta da 1h, oferece uma gratificação por produtividade de 0% a 45% sobre o salário base dos auditores, em uma média de 28,8%, caso o governo obtenha aumento de arrecadação. A Receita aceitou também aumentar a oferta de reajuste dos recebimentos de aposentados e pensionistas de 3%, da proposta anterior, para 30% do valor médio da nova gratificação, o que resultaria em reajuste até 8,6%. Na avaliação da Unafisco Sindical, a proposta de uma nova gratificação não atende aos interesses dos auditores e, por isso, foi deflagrada a greve de advertência. Entre outras exigências, a categoria quer equiparação de seus salários com os de membros do Ministério Público Federal, cujo piso é de R$ 10.360,00 e o teto de R$ 12.720,00, enquanto o salário máximo de um auditor da Receita é de R$ 7.802,00. Além disso, exigem incorporação aos salários de todas as gratificações recebidas pelos auditores, e que os reajustes também se estendam a aposentados e pensionistas. Até sexta-feira, caso o governo não apresente nova proposta, a categoria decidirá em assembléias regionais se mantém a greve na próxima semana, dessa vez com prazo indefinido para o encerramento da mobilização.

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