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ATUALIZA-Paulo Bernardo questiona gastos da Fiesp com Sistema S

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Por Redação
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O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, rebateu pressões da classe empresarial pela não renovação da CPMF e questionou transparência nos gastos de tributos repassados ao setor. Em audiência para discutir a CPMF na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, nesta quinta-feira, Paulo Bernardo ironizou o fato de a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) ter dito que o governo pode prescindir da arrecadação da CPMF e reclamado da proposta de reduzir a contribuição das empresas ao sistema S (Sesi, Senai, Sesc e Senac). "Eles acreditam que pimenta no olho dos outros é refresco", disse Bernardo. A redução no Sistema S foi uma das medidas proposta pelo Ministério da Fazenda para garantir o apoio do PSDB à proposta de emenda constitucional que prorroga a CPMF até 2011, com alíquota de 0,38 por cento. "Não sabemos o que é feito com os 13 bilhões de reais do Sistema S porque o TCU não fiscaliza. A sede da Fiesp na Avenida Paulista é mais luxuosa que a dos bancos", atacou Bernardo na audiência. O porta-voz da Fiesp, Ricardo Viveiros, falando em nome de seu presidente Paulo Skaf, rebateu a suspeita do ministro. "Quem responde pelo sistema S são 1 milhão de matrículas feitas por alunos todos os anos no Sesi e Senai", disse à Reuters. Segundo o porta-voz, além das escolas técnicas, os recursos são empregados em esporte, lazer, cultura e em serviços médicos, odontológicos e nutricionais, entre outros. "O presidente Lula sempre diz que, depois da dona Marisa, o que ele mais gosta é o Senai, onde fez curso", ironizou.

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