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Atual secretário-executivo do MEC pode ficar três meses como interino após saída de Weintraub

Secretário-adjunto de Finanças na gestão de Fernando Haddad (PT) na Prefeitura de São Paulo, Antonio Paulo Vogel trabalhava desde 2019 com Weintraub

Foto do author Renata Cafardo
Por Renata Cafardo
Atualização:

O governo Bolsonaro deve deixar como ministro interino da Educação o atual secretário-executivo da pasta, Antonio Paulo Vogel. Formado em Economia e Direito, ele foi secretário-adjunto de Finanças de Fernando Haddad (PT) na prefeitura de São Paulo, mas não tem ligações com o partido. Ele deve ficar, no máximo, três meses no cargo até a escolha do novo ministro.

O secretário-executivo do Ministério da Educação, Antônio Paulo Vogel, durante entrevista coletiva em junho de 2019 Foto: José Cruz/Agência Brasil

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Vogel participou da transição do governo atual e trabalhava desde 2019 com Weintraub na Casa Civil no cargo de secretário-executivo adjunto. Quando o ex-ministro foi para o MEC, levou Vogel junto. Ele acabou montando praticamente toda a equipe que está na pasta atualmente.

Servidor público federal, no cargo de Auditor Federal de Finanças e Controle, ele é tido como um profissional de gestão e técnico com experiência no Tesouro Nacional e no Banco Mundial. 

Não tinha qualquer experiência na área da educação e, quando começaram as notícias sobre a saída de Weintraub, especulou-se até que Vogel teria um cargo no Ministério da Economia.

Na prefeitura de São Paulo, ele trabalhava com Marcos Cruz, o secretário de Finanças do Haddad, que indicou Vogel ao então prefeito. É lembrado como um profissional conciliador e dedicado. 

O governo teria desistido de indicar para o cargo o atual secretário de Alfabetização, Carlos Nadalim, pela falta de experiência e por sua ligações com o site Brasil sem Medo que faz ataques ao Supremo Tribunal Federal. O próprio Nadalim, que é amigo de Olavo de Carvalho, não teria aceitado substituir Weintraub. 

Até esta quarta-feira, ele era dado como certo para substituir o agora ex-ministro. No entanto, houve grande pressão da ala militar para que ele não assumisse. Um dos que discorda do nome éo ministro Jorge Oliveira, da Secretaria-Geral da Presidência.

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