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Atraso de aliado leva votação de casos Renan para o dia 22

Três dos cinco processos que tramitam no conselho devem ser votados juntos; falta o relatório de Almeida Lima

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Por Andreia Sadi
Atualização:

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai ganhar mais tempo no Conselho de Ética. Os senadores estariam articulando para votar três processos em uma única sessão do conselho, e destes, apenas o de Almeida Lima (PMDB) - aliado de Renan -, não estaria pronto, segundo informou a assessoria do presidente do órgão, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), ao estadão.com.br.   Veja também:   Cronologia do caso  Entenda os processos contra Renan    A previsão anterior é de que os relatórios fossem votados no dia 14, data em que o parecer do terceiro caso contra Renan - que o acusa de usar "laranjas" para comprar emissoras de rádios - seria entregue pelo relator Jefferson Peres (PDT-AM).   "Peres ficou de entregar o relatório no dia 14, mas há uma conversa entre os senadores para entregar e votar os (relatórios) do João Pedro (PT-AM) e do Almeida Lima (PMDB-SE) no mesmo dia, para ganhar tempo". Pedro e Lima são os relatores, respectivamente, do caso Schin - em que o senador é acusado de favorecer a cervejaria - e do que investiga se Renan estaria envolvido em esquema de propina.   A assessoria contou também que, na terça-feira da semana que vem, dia 13, Quintanilha ira ouvir o governador de Alagoas, Teotônio Vilela, sobre o caso dos "laranjas".     Pareceres   Relator que trata da investigação da suposta atuação de Renan em benefício da Schincariol, o petista João Pedro (PT-AM), está à espera de informações do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) para concluir seu parecer, o que também deve ocorrer na próxima semana. "Os processos estão caminhando bem e em sua fase final. Se o Almeida Lima (PMDB-SE) conseguir (senador que relata processo de suposta coleta de propina em ministérios chefiados pelo PMDB) fechar seu parecer logo, dá para votar tudo ao mesmo tempo", disse Quintanilha ao Estado pelo telefone.   Almeida Lima, por sua vez, não se comprometeu com data. Mas afirmou que deve concluir o relatório "rapidamente". Ele está à espera da defesa de Renan, que já foi notificado, para finalizar seu parecer. O senador adiantou que vai pedir o arquivamento do processo. "O processo já poderia até ter tido relatório. A questão é de ausência de fatos que impliquem em quebra de decoro parlamentar. Não é que não existam provas, é algo anterior a isso. Não há fato", afirmou Almeida Lima.   Além das três investigações, Renan é alvo de um outro processo, do qual é acusado de ter espionado senadores de Goiás para constrangê-los a votar em seu favor. A representação, porém, não tem ainda relator definido.   Os processos contra Renan só vão chegar ao plenário da Casa se um dos três relatores recomendar a cassação do peemedebista --e o texto passar no plenário do conselho.   (Colaborou Ana Paula Scinocca, do Estadão)   Texto atualizado às 18h45

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