
31 de julho de 2009 | 21h09
Inicialmente eram 663 os atos secretos confirmados pelo Senado, mas, depois, foi constatado que alguns deles haviam sido publicados no "Diário Oficial" da Casa ou no Boletim Administrativo de Pessoal e, portanto, não poderiam ser considerados sigilosos. Entre os 511 atos, 218 foram editados para nomear funcionários. O número de servidores que serão exonerados é de apenas 80, aproximadamente, porque a maioria deles não trabalha mais no Senado, ou se aposentou, disse à Agência Estado um assessor que teve acesso às investigações.
Os servidores que foram nomeados por atos secretos e serão exonerados poderão, segundo informação do assessor, voltar a trabalhar no Senado, contanto que os senadores em cujo gabinete estavam lotados peçam a recontratação deles à Diretoria-Geral. O relatório determina ainda que os servidores contratados por atos secretos devolvam aos cofres públicos o dinheiro recebido, mas não precisarão fazer isso aqueles que comprovarem que de facto prestavam serviços ao Senado.
Entre os funcionários nomeados em sigilo, a Diretoria-Geral identificou alguns que passaram a ser considerados "fantasmas", pois não costumavam comparecer ao trabalho. Sarney analisou o relatório em São Paulo, onde se encontrou com o atual diretor-geral do Senado, Haroldo Tajra. De todas as recomendações propostas pelo relatório, Sarney teria pedido a alteração em apenas um ato, que, se anulado, poderia causar problemas jurídicos para o Senado.
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