Atos que tomei no passado não influenciarão processo, diz relator do impeachment

Anastasia foi questionado por Lindbergh sobre expedientes de quando era governador: 'Vossa Excelência quer cassar a presidente por um ato igual ao que Vossa Excelência adotou em Minas?'

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Foto do author Eduardo Rodrigues
Por Eduardo Rodrigues e Bernardo Caram
Atualização:

BRASÍLIA - O relator da Comissão Especial do Impeachment do Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), rebateu nesta sexta-feira, 29, as acusações feitas pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ) de que ele teria usado expedientes semelhantes aos que são alvo do processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff quando era governador de Minas Gerais. “Vossa Excelência quer cassar a presidente por um ato igual ao que Vossa Excelência adotou em Minas?”, questionou Lindbergh durante sessão da comissão, hoje dedicada à defesa da presidente Dilma Rousseff.

Antonio Anastasia (PSDB-MG) é o relator da Comissão Especial do Impeachment no Senado Foto: ANDRE DUSEK/ESTADAO

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Anastasia respondeu que não é o mandato dele como governador em Minas Gerais que está em questão, mas sim os atos da presidente. “Nenhuma voz trovejante vai alterar a minha tranquilidade. Minha filiação partidária ou atos que tomei no passado não influenciarão a minha responsabilidade neste processo”, afirmou. “Vamos nos restringir aos autos. Não será com desespero que vamos tratar desse processo, que é jurídico e político”, completou. 

Como mostrou reportagem do Estado, Anastasia foi questionado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG) sobre a abertura de créditos suplementares além dos 10% autorizados pelo Legislativo na Lei de Orçamento. Anastasia ultrapassou esta cota em todos os anos de seu mandato, com exceção de 2011, quando enviou à Assembleia Legislativa um pedido de ampliação do limite para 18,5%.

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