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Atletas acompanharam correndo cortejo de Covas

Por Agencia Estado
Atualização:

Para acompanhar o cortejo fúnebre do governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), os atletas Hélio Dias, de 31 anos, e Hélio de Souza, de 29, correram nesta quarta-feira da capital paulista ao Cemitério do Paquetá, em Santos. Dias saiu do Palácio dos Bandeirantes junto com o caminhão dos bombeiros que levava o corpo do governador, enquanto Souza se incorporou à comitiva em frente à Assembléia Legislativa. "Acabamos encontrando-nos no começo da Imigrantes, quando resolvemos prosseguir até Santos", contou Dias. Recompensa O esforço foi recompensado, uma vez que os dois conseguiram entrar no cemitério para acompanhar o funeral de Covas, cujo acesso estava liberado apenas para autoridades, todas credenciadas. Os dois são atletas e não se conheciam, mas haviam acompanhado outras comitivas fúnebres. Dias seguiu o cortejo fúnebre do ex-piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna, do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos, na região metropolitana, até a Assembléia, e Souza correu durante o séquito do atleta Adhemar Ferreira da Silva. "Deus tocou minha mente" "Estava assistindo à TV quando Deus tocou a minha mente e resolvi acompanhar o enterro do meu modo", disse Souza, que é místico e maratonista. Ele disse que ficou em oitavo lugar numa das edições da Corrida de São Silvestre, em São Paulo e seguiu o segundo brasileiro na Maratona de Nova York de 2000. Ele vestia uma camisa da Copa do Mundo de 1998, realizada na França, que estava autografada pelos jogadores brasileiros. Conheceu Covas nas eleições de 1998, quando trabalhou na campanha distribundo panfletos. Homenagem Já Dias disse que resolveu acompanhar o cortejo de Covas porque considera "o governador um exemplo a ser seguido e um dos homens mais honestos". Ele confessou que sentiu muito a morte de Covas e resolveu prestar uma homenagem. "Como a única coisa que sei é correr, vim correndo desde o Palácio dos Bandeirantes." O plano original dele era seguir até o começo da Rodovia dos Imigrantes, mas, aí, encontrou Souza e os dois tomaram coragem para percorrer os 78 quilômetros que separam as duas cidades. Satisfeito com a proeza, exibia um troféu: um penacho que um dos membros da Cavalaria perdeu pelo caminho.

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