09 de dezembro de 2010 | 17h02
As investigações da Polícia Civil indicam que o crime teve conotação política. Nalin preparava-se para entregar ao Ministério Público Estadual (MPE) um dossiê com denúncias contra a administração. Outros vereadores foram ameaçados, entre eles o então presidente da Câmara Municipal, Leandro Santarpio (DEM), que acabou renunciando ao cargo e ao mandato.
De acordo com Vanderlei Vivaldini Júnior, da ONG Amigos Associados de Analândia (Amasa), a Caravana "Vamos a Analândia" tem como objetivo conscientizar a população de que ela não está sozinha na luta contra a corrupção no município. Os manifestantes farão uma passeata e, num ato simbólico, lavarão as calçadas em frente à prefeitura e à Câmara. Também estão programas reuniões com autoridades e com a população.
Ao final do evento, os militantes vão elaborar um documento, denominado "Carta de Analândia", a ser enviado para o MPE, governo do Estado, Judiciário, Assembleia Legislativa de São Paulo, Câmara dos Deputados e Senado Federal. Analândia tem 4.289 habitantes e 4.860 eleitores (mais eleitores que habitantes) e vive um clima de medo desde o assassinato do vereador.
A polícia prendeu Luiz Carlos Perin, o "Chiba", chefe do Departamento de Educação da prefeitura, primo do atual prefeito Luiz Antônio Aparecido Garbuio (DEM) e irmão do ex-prefeito e atual chefe de gabinete José Roberto Perin (DEM), por suspeita de ser mandante do crime. Ele negou a acusação. O prefeito e o chefe de gabinete alegam que são perseguidos pela ONG Amasa.
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