PUBLICIDADE

Ativista e mãe de vítima da ditadura morre aos 95 anos

PUBLICIDADE

Por CARMEN POMPEU
Atualização:

Luísa Gurjão Farias, mãe do universitário cearense Bergson Gurjão, morto na Guerrilha do Araguaia nos anos 70, morreu ontem à noite, aos 95 anos, em Fortaleza. Luísa é lembrada pelos ativistas do movimento pela anistia como uma lutadora. Desde os desaparecimento de Bergson, durante a ditadura militar, ela não descansou até descobrir o que de fato havia ocorrido com o filho.Os restos mortais do estudante só puderam ser identificados e sepultados no final do ano passado. Apesar da idade já avançada, Luísa esteve presente à cerimônia, que contou com homenagens na reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC), onde Bergson cursava Química.Mário Albuquerque, presidente da Associação 64/68 Anistia e membro da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, descreve Luísa Gurjão como um exemplo de mãe que nunca abandonou a esperança. "Ela nos deixa uma lição de luta e persistência. Que sua trajetória seja seguida por outras famílias de guerrilheiros que ainda lutam pelo resgate de seus entes queridos", disse Albuquerque.O corpo de Luísa Gurjão está sendo velado na Funerária Ethernus, e o enterro será amanhã à tarde no Cemitério Parque da Paz, em Fortaleza.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.