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"Ataques a prédios públicos não são atos terroristas"

Por Agencia Estado
Atualização:

A secretária Nacional de Justiça, Elizabeth Sussekind, não considera que os ataques a prédios públicos de São Paulo possam ser considerados atos terroristas. Segundo ela, os atentados representam a reação e o protesto de facções que estão perdendo espaço no meio carcerário devido à ação do governo, que está ?fechando o cerco? contra tais grupos. O governo, segundo a secretária, já esperava uma reação desse tipo, uma vez que faz um ano desde a primeira grande rebelião coordenada de presídios paulistas, comandada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). ?Isso é preocupante, mas não nos atemoriza?, garantiu. ?Os bandidos mais perigosos vão fazer de tudo para intimidar as autoridades, mas não vão conseguir.? Elizabeth Sussekind disse que nesta segunda-feira, durante todo o dia, o Ministério se manteve em contato com o governo de São Paulo, tratando desse assunto e das novas rebeliões ocorridas nos presídios paulistas. Em momento algum, disse ela, concluiu-se que os atentatos pudessem ser atos de terrorismo - que, pelas regras constitucionais, são considerados crimes hediondos e, portanto, devem ser punidos com maior rigor. A secretária disse que os grupos organizados estão tentando reagir às novas regras prisionais determinadas pelo governo. Ela citou como exemplo uma das medidas provisórias enviadas pelo governo ao Congresso, aumentando o controle dos diretores de presídios sobre os presos. A MP permite que eles isolem os presos mais perigosos e transfiram encarcerados sem precisar de autorização judicial, entre outros pontos.

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