
13 de agosto de 2013 | 19h33
Em nota, o presidente da instituição, Murilo Celso de Campos Pinheiro, chama a eventual medida de "paliativa" e propõe a abertura de concursos públicos para empregar engenheiros brasileiros País afora, respeitando o piso salarial, que hoje é em torno de R$ 6 mil.
"É preciso recuperar esse prejuízo, lançando mão de todas as possibilidades: tanto requalificar os profissionais disponíveis, mas à margem do mercado, quanto garantir que mais jovens ingressem nos cursos voltados às áreas tecnológicas, assegurando a formação de qualidade", complementa Pinheiro.
Esse tipo de reação, assim como aconteceu com os médicos contrários à vinda de profissionais de fora, é vista dentro do governo como uma resposta corporativa da categoria, para promover uma reserva de mercado.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, diz reconhecer a necessidade de formar mais e melhores engenheiros. "Por isso estamos investindo tanto no programa Ciência Sem Fronteira (que dá bolsas de estudo no exterior), e também trabalhamos para estimular que os estudantes optem pela área das ciências exatas, hoje carente no ocidente de um modo geral". O ministro destacou o projeto Quero Ser Professor, Quero Ser Cientista, que dará 100 mil bolsas de R$ 150 para alunos do ensino médio que desenvolverem pesquisa, em parceria com universidades, em matemática, física e química. "Se 10% desses enveredar para a engenharia, por exemplo, já teremos um avanço substancial", opinou. Por enquanto, esse projeto ainda não tem data para sair do papel.
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