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Assinaturas de mortos podem ser obra de adversários, diz Kassab

Prefeito de São Paulo insinuou que irregularidades na lista de adesões do PSD podem ter sido produzidas por rivais políticos

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, insinuou nesta quarta-feira, 29, que a existência de assinaturas de eleitores mortos na coleta de adesões para a criação do PSD pode ser obra de adversários políticos. O problema foi identificado pela Justiça Eleitoral em uma lista de apoio de eleitores de Santa Catarina."Não é o primeiro partido que é feito no País. Nós temos mais de 20. A homologação perante a Justiça Eleitoral é justamente para que sejam identificados esses problemas. Só falta imaginar que um partido de 500 mil assinaturas vai usar desse recurso. Às vezes é brincadeira, às vezes é adversário. É evidente que não tem por trás o objetivo do partido. Seria até infantilidade", disse Kassab, durante evento de entrega das obras de modernização da Estação Pinheiros da Linha 9 - Esmeralda, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).O prefeito de São Paulo vem enfrentando resistência de outras siglas contra a criação do PSD, principalmente do DEM, partido que ele deixou em março. Recentemente, Kassab chegou a discutir com o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia (DEM), seu antigo aliado. O prefeito teria reclamado da interferência de Garcia na criação da nova sigla.Na semana passada, o prefeito havia dito que as assinaturas de eleitores mortos eram fruto da "inocência" de seus correligionários, os quais têm uma missão difícil de coletar milhares de assinaturas. "Não é má-fé dos dirigentes do partido. Isso é imperfeição ou inocência de algum apoiador. É inocência não checar", afirmou, na ocasião. De acordo com Kassab, seu novo partido já conseguiu cerca de 1,2 milhão de assinaturas, mais que o dobro do necessário para dar entrada no registro da sigla junto à Justiça Eleitoral.Além das investigações sobre fraude na lista de apoiadores do novo partido, Kassab pode enfrentar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de São Paulo para apurar a participação de servidores municipais na coleta de assinaturas. O prefeito tem dito que não vê necessidade de uma investigação parlamentar porque o caso já está sendo apurado pela administração municipal.

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