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Assessores definirão regras do debate na TV Câmara

Aldo, Chinaglia e Fruet irão a debate na próxima semana pela presidência da Casa

Por Agencia Estado
Atualização:

Os três candidatos à presidência da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT), Aldo Rebelo (PCdoB) e Gustavo Fruet (PSDB), vão indicar assessores para acertar as regras do debate que farão na próxima semana, transmitido pela TV Câmara, inaugurando uma nova forma de disputa na Casa. Aldo convidou seus dois concorrentes para o debate na quinta, e os três programaram uma reunião nesta sexta-feira, para definirem as regras. Porém, o encontro foi cancelado e os detalhes ficarão a cargo de assessores. Fruet viajou nesta manhã a São Paulo, e acabou encontrando-se na quinta mesmo com o presidente da Câmara. Chinaglia conversou por telefone com Aldo, pela manhã. A entrada de Fruet na disputa pela presidência da Casa animou a candidatura de Aldo e acendeu um sinal de alerta na campanha de Chinaglia. Com os três nomes, parece cada vez mais provável a eleição em dois turnos. Chinaglia construiu nos últimos dias um leque amplo de adesões, garantindo apoios expressivos do PT, PMDB, PP, PTB e PR (fusão do PL com o Prona). O PSDB, que já havia anunciado apoio ao petista - o que causou um racha interno no partido -, voltou atrás e passou a defender a candidatura de Fruet. O tucano foi lançado pela a chamada ´terceira via´ (um grupo de parlamentares que buscavam um nome alternativo às duas candidaturas do governo). Com a escolha de seu nome, o PSOL abandonou o grupo. Aldo, que tem o apoio do PSB e do PFL, terá de trabalhar nos próximos dias para manter o PFL ao seu lado e evitar um acordo da legenda com o seu tradicional aliado, o PSDB, o que fortaleceria a candidatura de Fruet. O aumento salarial dos parlamentares promete ser o tema que irá esquentar a campanha. Em carta aos deputados, Chinaglia pediu votos e disse que, em sua campanha, ?não há temas proibidos?, em referência ao reajuste de 91% dos deputados, que passaria os salários de R$ 12.847 para R$ 24,5 mil, igual ao salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal, aprovado em dezembro. A medida foi derrubada pelo próprio STF. Na época, Chinaglia e Aldo manifestaram-se a favor do reajuste de 91%, quando foi votado pelas Mesas da Câmara e do Senado. Fruet defende um reajuste que reponha as perdas com a inflação.

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