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Assessor de Lula defende conduta de direitos humanos

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Por Tania Monteiro
Atualização:

O assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, negou esta tarde que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha uma postura seletiva em relação aos direitos humanos, diante da omissão em Cuba, com a violação de direitos dos dissidentes políticos. Segundo Marco Aurélio, existem problemas de direitos humanos em diversos países e o governo Lula tem postura semelhante para todos os casos, preferindo discutir essas questões com os organismos internacionais. "Isso não significa desconsideração em relação a esse tema, nós buscamos o entendimento. Declarações contra direitos humanos muitas vezes pode piorar a situação", afirmou Marco Aurélio Garcia. "Uma declaração tonitruante é muito bom para a plateia, mas para o País pode piorar a situação", disse o assessor, citando como exemplo o Sudão, onde depois das críticas à violação dos direitos humanos no país, o governo tomou atitude radical, expulsando organizações não governamentais e organismos internacionais. Marco Aurélio disse que a postura do governo Lula é a mesma do governo anterior. Ele admitiu que a morte do dissidente cubano, Orlando Zapata "é uma situação que incomoda". "Preferia que não tivessem dissidentes", afirmou.Marco Aurélio não aprovou o anúncio do governo venezuelano de deixar a comissão de Direitos Humanos da OEA, por causa das críticas que o órgão fez ao governo de Hugo Chávez. "Eu não aconselharia isso, disse Marco Aurélio, sem dar mais detalhes.Mas elogiou o governo hondurenho que exonerou o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Romeo Vásquez, que executou o golpe contra o ex-presidente Manuel Zelaya. Para Marco Aurélio esse foi um bom gesto, mas que outros sinais devem ser dados, como o retorno de Zelaya ao país. "Está se buscando uma reconciliação nacional e é preciso que o governo dê outros sinais", disse.

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