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Assessor de Arruda vai negar ter recebido lista

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Por Agencia Estado
Atualização:

O assessor Domingos Lamoglia de Sales Dias deverá confirmar, na próxima semana, a versão de seu chefe, o senador José Roberto Arruda (PSDB-DF), e negar que tenha recebido lista revelando os votos de cada um dos senadores que participaram do processo de cassação do mandato de Luiz Estevão, no dia 28 de junho do ano passado. Fiel escudeiro de Arruda, Domingos Lamoglia transformou-se em uma das peças chaves sobre as investigações de violação do painel eletrônico do Senado, depois do depoimento nesta quinta-feira da ex-diretora do Prodasen Regina Célia Peres Borges. Nem Domingos nem Arruda apareceram nesta sexta-feira para se pronunciar sobre as declarações de Regina Borges. Ela afirmou que violou o painel a pedido de Arruda e do ex-presidente do Senado Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Segundo assessores do Senado, o ex-líder do governo e Domingos Lamoglia passaram esta sexta-feira juntos, tentando traçar uma estratégia conjunta para contestar as declarações de Regina Borges. O assessor de Arruda fará dois depoimentos na semana que vem: nesta segunda-feira, vai depor para o corregedor do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP), e no dia seguinte, para os integrantes da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar do Senado. Na avaliação de assessores do gabinete do ex-líder do governo no Senado, Domingos manterá a versão de que nunca recebeu lista da ex-diretora do Prodasen. Os assessores estão certos de que Domingos Lamoglia ficará fiel a seu chefe, de quem é braço direito no Senado. Separado recentemente de sua mulher, Lamoglia é funcionário da Companhia Energética de Brasília (CEB), empresa que já foi presidida por Arruda. Desde então, trabalha para o senador, sendo um de seus assessores mais próximos. Tanto é assim que, logo depois que surgiram as denúncias de envolvimento do ex-líder do governo na violação do painel, Domingos divulgou nota desmentindo as declarações da ex-diretora do Prodasen. ?Afirmo que nunca recebi da senhora Regina Célia Borges, ou de qualquer outra pessoa, uma suposta lista relativa ao episódio de votação da cassação do ex-senador Luiz Estevão?, escreveu Domingos, ao ressaltar que ?estranhou? o envolvimento de seu nome na suposta violação do painel do Senado. Ele reclamou ainda por não ter sido chamado à Comissão de Sindicância do Senado para ser ouvido, ?já que fui citado como sendo a pessoal que recebeu a lista?.

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