Assembleia paulista manterá compra de carros

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Por Fernando Gallo
Atualização:

A Assembleia Legislativa de São Paulo decidiu manter a licitação de renovação da sua frota de veículos mesmo após a Procuradoria-Geral de Justiça ter aberto uma investigação sobre o caso para apurar possível improbidade administrativa. Reportagem publicada no sábado (12) pelo jornal O Estado de S. Paulo mostrou que a licitação foi direcionada para excluir os principais concorrentes da marca preferida pelos deputados."(A licitação) Está mantida. Os documentos estão à disposição do procurador-geral e de quem quer que seja. Estamos tranquilos", afirmou o segundo-secretário da Casa, deputado Aldo Demarchi (DEM). A secretaria por ele comandada é responsável por obras e também pela frota de carros da Assembleia.Demarchi afirmou que as exigências técnicas do edital - que, de modo geral, excluem os principais concorrentes do Corolla, da Toyota, ao definirem até o tamanho do carro e dos pneus - não foram estabelecidas "para alijar ninguém". "A única coisa que estamos preocupados, e é a reclamação de todos os deputados, é a segurança. Vida, bicho."O deputado sustentou "não acreditar" que apenas duas marcas possam participar da concorrência e disse, sobre os pneus - o edital exige que tenham "perfil igual ou superior a 50", o que elimina parte dos concorrentes do Corolla -, que "tem deputado que já trocou três vezes o pneu porque o carro já virou 170 mil quilômetros". Casos como esse, no entanto, são raros. Segundo a própria Assembleia, a média de rodagem da frota é de 70 mil quilômetros por veículo.Demarchi alegou ainda que os custos de manutenção estão ficando muito altos. "Se você pegar as notas de quando manda fazer a revisão, está proibitivo. Foi analisada inclusive a economicidade da frota." E emendou: "Pra mim, como segundo secretario, tanto faz Civic, Corolla. Estamos ali não para fazer a minha vontade, mas a dos deputados".ServidoresDemarchi defendeu a medida que flexibilizou a marcação de ponto dos servidores na Assembleia. O jornal revelou nesta quarta que a Mesa Diretora decidiu que os funcionários da Casa não precisam mais marcar presença diariamente."A gente não pode partir do pressuposto de que todo mundo é irresponsável. Pensamos que o funcionário pode desempenhar a função dele com responsabilidade, afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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