Assembleia Legislativa de SP tem 67 diretores

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Por AE
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A Assembleia Legislativa de São Paulo tem dois diretores para cada três deputados e uma folha de pagamentos que só cresce. São 67 cargos de diretor, no comando de departamentos, divisões e serviços, para 94 parlamentares. A exemplo da superestrutura descoberta no Senado, na Assembleia existe diretor para quase tudo - para o serviço de controle de frota e o serviço de painel, por exemplo. Há até diretora de fotocópias, setor que, no organograma oficial, aparece com o nome de ?fotomicrografia?. São salários que variam de R$ 6.280 a R$ 12 mil - um gasto mínimo anual de R$ 4 milhões. Para se ter uma ideia, a Sabesp, com seus 17 mil funcionários, tem apenas 5 diretores. Dos 67 postos de diretor, 59 precisam ser preenchidos por concursados. A normatização do atual organograma é de 1997. Ela divide os quadros de funcionários em duas estruturas: uma parlamentar (Secretaria-Geral Parlamentar) e outra administrativa (Secretaria-Geral de Administração). Em cada uma dessas secretarias existem quatro departamentos. Cada um deles tem de duas a quatro divisões. Cada divisão, por sua vez, tem subordinada a ela de duas a quatro unidades de serviço. São então: 8 diretores de departamento, 24 diretores de divisão e 35 diretores de serviços.O excesso de diretores fica evidente em casos como o da Divisão de Protocolo Geral e Arquivo, vinculada ao Departamento de Serviços Gerais da Assembleia. A divisão, chefiada por um diretor, tem subordinada a ela o Serviço de Protoloco e o Serviço de Arquivo, cada um com um diretor. O deputado Vaz de Lima (PSDB), líder do governo e ex-presidente da Casa (2007-2008), defende a tese de que o número de diretores condiz com o total de funcionários - 3,6 mil. ?Não me parece um número excessivo. É uma estrutura montada há muitos anos para um Legislativo que funciona?, disse. ?É absurdo, é muito diretor. Existe na Assembleia um quadro de funcionários que efetivamente trabalham e são necessários para a infraestrutura parlamentar. Mas mais de 60 diretores é excesso?, criticou o deputado Carlos Giannazi (PSOL), candidato derrotado à presidência da Casa neste ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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