Assembleia-geral da SIP vai focar censura ao 'Estado'

Por AE
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A censura ao jornal O Estado de S. Paulo, imposta desde o dia 31 de julho pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF), está na pauta da assembleia-geral da Sociedad Interamericana de Prensa (SIP), que será realizada em Buenos Aires, na Argentina, entre os dias 6 e 10 de novembro. De acordo com a entidade, serão discutidas "decisões judiciais que entorpecem os meios de comunicação brasileiros". A SIP foi fundada nos Estados Unidos, em 1926, e congrega 1.300 publicações. A assembleia-geral da entidade é o principal evento do ano, em que são analisados avanços e retrocessos em matéria de liberdade de imprensa nas Américas. Para o encontro, são esperados 500 jornalistas e editores, europeus e americanos, e serão discutidas tendências para o futuro do jornalismo no continente. Informada do andamento do processo envolvendo o Estado, amordaçado sobre o caso Sarney, a SIP classificou o caso como "inacreditável" ao "negar ao público o direito de estar informado". "Lamentamos que a Justiça do Brasil se caracterize por proteger excessivamente os direitos de pessoas envolvidas em assuntos de interesse público", disse o presidente da SIP, Enrique Santos Calderón. O Estado de S.Paulo e o site "estadao.com.br" continuam proibidos de publicar informações da Operação Boi Barrica, da Polícia Federal (PF), que envolve Fernando Sarney, filho do presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP). Fernando teria loteado cargos na Casa e acabou indiciado por suspeita de falsidade ideológica, formação de quadrilha e tráfico de influência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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