Assembléia de SP reajusta obra em R$ 7,3 mi

Construção de prédio anexo deveria ter terminado em março, mas está parada e agora teve acréscimo de 73%

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Por Silvia Amorim
Atualização:

A obra do novo prédio da Assembléia Legislativa de São Paulo, orçada inicialmente em R$ 10 milhões, custará aos cofres públicos pelo menos mais R$ 7,3 milhões, ou seja, terá um acréscimo de 73%. O reajuste foi publicado ontem no Diário Oficial do Legislativo, com a autorização da Mesa Diretora para que seja fechado um novo contrato com a Companhia Paulista de Obras e Serviços (CPOS) para concluir a construção. A empresa, que é do governo do Estado, já havia feito um contrato com a Assembléia em 2005, para administrar a obra orçada em R$ 10 milhões. Como não executa o serviço, ela subcontratou a empreiteira CVP por R$ 7,4 milhões para erguer o edifício anexo ao já existente em 300 dias. Depois de um ano e cinco meses de obra - ela foi iniciada em maio de 2006 -, o dinheiro acabou sem que o serviço tivesse sido concluído. Atualmente, os trabalhos estão paralisados. Os futuros gabinetes dos deputados estão no tijolo. Não há piso, portas ou janelas. As cifras referentes à obra sempre foram mantidas em sigilo pela Assembléia. No mês passado, o Estado solicitou à presidência da Casa dados sobre os gastos realizados até então e eventuais aditamentos contratuais, mas não teve reposta. Segundo o Diário Oficial, o dinheiro para concluir a construção sairá do orçamento da Assembléia, contrariando o discurso feito em 2005, quando a obra foi anunciada. Na época, a conta-salário dos funcionários da Casa foi vendida ao Banco Nossa Caixa com a justificativa de que assim haveria recursos para erguer o novo prédio. O presidente da Assembléia, Vaz de Lima (PSDB), não foi localizado ontem para comentar o aumento do custo da obra. Segundo sua assessoria, ele estava em Roraima.

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