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Assembleia de Minas aprova auxílio-moradia para deputados

Decisão traz de volta benefício que havia sido extinto em 2013 e inclui até parlamentares que tenham residência na capital

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Por Marcelo Portela e correspondente
Atualização:

BELO HORIZONTE - A Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou nesta terça-feira, 10, em segundo turno a volta do auxílio-moradia para todos os deputados estaduais mineiros, incluindo aqueles que têm imóvel próprio em Belo Horizonte ou na região metropolitana da capital. A medida, aprovada sob vaias de quem acompanhou a sessão nas galerias da Casa, foi a primeira analisada pela nova legislatura. 

Atualmente, os deputados mineiros recebem salários de R$ 25,3 mil, valor que crescerá para R$ 28,1 mil com os R$ 2,8 mil do auxílio-moradia.

Adalclever Lopes (PMDB), presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais Foto: Divulgação/PMDB

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O benefício é uma das medidas previstas na primeira resolução apresentada pela nova Mesa Diretora, comandada pelo deputado estadualAdalclever Lopes (PMDB). O benefício para os parlamentares que têm imóveis na região metropolitana de Belo Horizonte havia sido extinto em 2013. Dos 77 atuais deputados, 31 incluíram residências em Belo Horizonte ou municípios vizinhos na declaração patrimonial apresentada à Justiça Eleitoral.

A volta do auxílio-moradia foi aprovada com 36 votos favoráveis e 21 contrários. Na votação de primeiro turno, na quinta-feira, 5, 40 deputados haviam sido favoráveis à medida e apenas quatro foram contra. O benefício, que precisa ser requisitado pelos deputados, também vale para os parlamentares que se licenciarem para ocupar cargos no Executivo, por exemplo, e optarem pelo salário de deputado.

Neste caso, a medida, votada separadamente, foi aprovada por 37 votos a 19.

Caso seja requisitado pelos 77 parlamentares que atuam hoje na Assembleia, o auxílio-moradia vai representar um gasto anual de R$ 2,6 milhões aos cofres públicos mineiros. E a despesa pode ser ainda maior. Uma das emendas do Projeto de Resolução 1/15, que ainda precisa ser regulamentado por deliberação da mesma Mesa que o apresentou, prevê que o auxílio-moradia será pago "em consonância com os limites e demais critérios" definidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ)" para o Judiciário. Com isso, o benefício pode subir para pouco mais de R$ 4,3 mil mensais, o que faria o gasto anual saltar para R$ 3,9 milhões.

O Estado tentou falar com Adalclever Lopes nesta tarde, mas ele não atendeu as ligações. O mesmo ocorreu com outros parlamentares presentes à sessão, que não atenderam e não retornaram os recados. Ao discursar em plenário anunciando sua mudança de posição em relação ao primeiro turno, o deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT), que foi contra a aprovação, declarou que não poderia "contrariar" seus eleitores.

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Veja como votaram os deputados:

A favor do auxílio-moradia

Agostinho Patrus (PV)

Antonio Carlos Arantes (PRP)

Arlen Santiago (PTB)

Antônio Lerin (PSB)

Bonifácio Mourão (PSDB)

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Bosco (PTdoB)

Cássio Soares (PSD)

Cristiano Silveira (PT)

Cristina Correa (PT)

Deiró Marra (PR)

Dilzon Melo (PTB)

Dirceu Ribeiro (PHS)

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Duarte Bechir (PSD)

Durval Angelo (PT)

Elismar Prado (PT)

Emidinho Madeira (PT)

Fabio de Avelar (PP)

Felipe Attie (PP)

Geisa Teixeira (PT)

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Gilberto Abramo (PRB)

Gustavo Correa (DEM)

Hely Tarquino (PV)

Inácio Franco (PV)

Iran Barbosa (PMDB)

Isauro Calais (PMN)

João Alberto (PMDB)

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João Magalhaes (PMDB)

Lafayette Andrade (PSDB)

Leonidio Bouças (PMDB)

Luiz Humberto Carneiro (PSDB)

Rogerio Correia (PT)

Thiago Cota (PPS)

Tiago Ulisses (PV)

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Tito Torres (PSDB)

Ulysses Gomes (PT)

Vanderlei Miranda (PMDB)

 

Contra o benefício:

Alencar da Silveira Jr. (PDT)

Arlete Magalhães (PTN)

Antônio Jorge (PSDB)

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Celinho do Sintrocel (PCdoB)

Douglas Melo (PSC)

Doutor Jean Freire (PT)

Fabiano Tolentino (PPS)

Fred Costa (PEN)

Glayco Franco (PTN)

Gustavo Valadares (PSDB)

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Ione Pinheiro (DEM)

João Leite (PSDB)

João Vitor Xavier (PSDB)

Leandro Genaro (PSB)

Léo Portela (PR)

Marília Campos (PT)

Mario Henrique Caixa (PCdoB)

Nozinho (PDT)

Rosangela Reis (PROS)

Sargento Rodrigues (PDT) Wander Borges (PSB)

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