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Artistas fazem campanha nas redes sociais contra Temer

Nas redes sociais, começaram um movimento 'Zveiter, estamos de olho', fazendo referência ao relator do processo de Temer na CCJ; Para que a denúncia seja julgada pelo STF, deve ser aprovada pelo plenário da Câmara com 372 votos

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Foto do author Gilberto Amendola
Por Gilberto Amendola
Atualização:
Em suas contas no Instagram, Caetano Veloso e Aline Moraes dão o recado: 'Zveiter, estamos de olho' Foto: Reprodução

Um grupo de artistas e representantes de coletivos culturais reuniram-se na quarta-feira, 5, na casa de Caetano Veloso e Paula Lavigne para iniciar um movimento pelo afastamento do presidente Michel Temer. Através das redes sociais, o grupo pretende pressionar os deputados federais a votarem pela admissibilidade da abertura de inquérito contra o presidente, acusado de corrupção passiva pela Procuradoria-Geral da República.

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No próximo domingo, o movimento batizado de #342 (uma referência ao número de votos necessários para a autorização da abertura do inquérito, no plenário da Câmara) irá lançar um site onde o eleitor poderá acompanhar a posição de cada deputado sobre o afastamento de Temer. Além disso, a ferramenta também irá trazer acesso às redes sociais dos deputados. “Conhecer os deputados e saber como eles vão votar é uma forma de exercer a cidadania. Com essa ação, nós queremos dar nossa colaboração para esse processo”, comenta o músico Tico SantaCruz.

Enquanto o site não entra no ar, artistas subiram a hashtag #ZVeiterEstouDeOlhoEmVoce. A ideia é pressionar o relator da denúncia na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça, o deputado federal Sergio Zveiter (PMDB-RJ). Zveiter será o responsável por analisar a acusação apresentada pela PGR e as teses de defesa do presidente. Como relator, é ele quem irá recomendar a aceitação ou rejeição do processo.

O encontro na casa de Caetano e Paula reuniu artistas de diversas posições ideológicas. “A ideia foi reunir gente de direita e esquerda, pessoas que estavam dispostas a dialogar mesmo tendo posições políticas diferentes”, disse Paula. No encontro estavam presentes Letícia Sabatella, Fernanda Lima, Valeska Popozuda, Aline Moraes, Renata Sorrah, Marcelo Serrado e outros. No campo político, compareceram à reunião o deputado federal Alessando Molon (Rede-RJ), o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-PE). “Nós estamos juntos nessa causa. O que ficou acertado é que depois do afastamento, se ele acontecer, cada um vai defender o seu ponto de vista com independência”, completa Paula.

Os encontros na casa de Caetano e Paula já se tornaram tradicionais. O local virou uma espécie de QG para artistas e outros agentes da sociedade civil. No mês passado, o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa foi o convidado para um jantar - que terminou com a negativa do magistrado em concorrer à Presidência em 2018. Foi na casa de Caetano e Paula que artistas contra e a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff se encontraram e selaram um acordo para arrefecer a polarização dentro da classe artística e na sociedade. “O importante é a gente deixar claro que não se trata de um movimento partidário ou dentro da lógica esquerda/direita. Nosso movimento é por nomes comprometidos com a sociedade, não importa de que aspecto político”, fala SantaCruz.

Sobre as reuniões em sua casa, Paula diz que tem “parado suas coisas e trabalhos” porque o momento exige e “o Brasil está, claramente, em crise. “Não tem essa história de recuperação da economia”, diz.

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