O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Geraldo Naves (DEM-DF), confirmou nesta sexta-feira, 5, que o bilhete entregue ao jornalista Edson Sombra foi escrito pelo governador José Roberto Arruda (sem partido), mas negou que a mensagem faça parte de uma tentativa de suborno.
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O bilhete foi apresentado por Sombra à Polícia Federal como prova da que estaria sendo pressionado para alterar seu depoimento sobre o suposto esquema de arrecadação e distribuição de propinas, que ficou conhecido como "mensalão do DEM".
Segundo Naves, que admitiu ter entregado o bilhete a Sombra em nome do governador em dezembro de 2009, o recado de Arruda tinha o objetivo de tranquilizar o jornalista, que temia uma queda no número de anúncios publicitários e de verba de patrocínio em seu jornal depois do escândalo denunciado pelo ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, seu amigo.
"O bilhete é verdadeiro, mas não se trata de suborno. Depois da crise, Sombra teve medo de perder patrocínio. Nunca recebi proposta para subornar alguém", disse Naves, que que assumiu a presidência da CCJ da Câmara Legislativa na semana passada.
Tentativa de suborno
Nesta quinta-feira, 4, a Polícia Federal prendeu em flagrante Antonio Bento da Silva, membro do Conselho Fiscal do Metrô de Brasília, enquanto entregava R$ 200 mil ao jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Edson Sombra, em um restaurante da capital federal.
Após ser detido, Silva afirmou ter recebido os R$ 200 mil de Rodrigo Arantes, sobrinho e secretário particular do governador do Distrito Federal. Além do dinheiro, o bilhete que Naves confirmou ter sido escrito por Arruda também figura entre os indícios de que o governador estaria por trás da tentativa de suborno.
Com informações da Agência Brasil