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Arruda cita petista em depoimento

Ex-governador do Distrito Federal disse que deputado distrital Chico Leite lhe pediu dinheiro para eventual campanha ao Senado

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Por Redação
Atualização:

BRASÍLIA - Em depoimento ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), no fim do ano passado, o ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM) disse que o deputado distrital Chico Leite, do PT, lhe pediu dinheiro para ajudar numa eventual campanha eleitoral ao Senado. O pedido teria sido feito num encontro na casa do promotor Leonardo Bandarra, afastado do cargo pelo conselho e alvo de denúncias de envolvimento com o esquema que ficou conhecido como "mensalão do DEM". O conteúdo do depoimento de Arruda foi publicado ontem no portal iG.

 

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Segundo Arruda, o então secretário da Casa Civil, José Geraldo Maciel, ficou encarregado de ajudar Chico Leite. Reeleito deputado distrital, o petista confirmou o encontro com Arruda, mas negou qualquer pedido.

 

"É um mentiroso contumaz. É retaliação porque fui o relator do processo de impeachment dele. Nunca pedi nada. Ele era adversário. Não faria sentido pedir dinheiro", afirmou o petista.

 

O ex-governador relata reuniões na casa de Bandarra. "Eu me recordo muito bem de dois. Um, onde estava o deputado Chico Leite pedindo dinheiro para campanha", afirmou. Além do depoimento ao conselho, Arruda prestou esclarecimentos à Procuradoria Regional sobre o envolvimento de Bandarra no "mensalão do DEM", uma investigação que corre separada do inquérito 650, que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o principal sobre o esquema de corrupção no DF. Nesta apuração, ele ainda não deu qualquer declaração.

 

O nome de Chico Leite é mais um petista a aparecer no escândalo do DEM no DF. Já no começo da crise, o nome do atual governador Agnelo Queiroz (PT) apareceu por ter se encontrado com Durval Barbosa, delator do esquema, pouco antes de estourar o escândalo na Operação Caixa de Pandora. Agnelo confirma o encontro, mas nega que tenha recebido qualquer dinheiro.

 

Outro petista que surgiu no caso foi o ex-deputado distrital Chico Floresta, cujo nome aparece numa planilha de caixa 2 manuscrita pelo tucano Márcio Machado, ex-secretário de Obras do governo de Arruda.

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