Arruda admite possibilidade de outras violações

Por Agencia Estado
Atualização:

O senador José Roberto Arruda (sem partido-DF) admitiu em seu depoimento a possibilidade de as votações secretas do Senado terem sido violadas em outras ocasiões. Tal hipótese havia sido levantada no final de semana, quando noticiou-se que Arruda poderia levantar suspeitas sobre outras violações. "Não estou dizendo que aconteceu, não tenho informações, mas podem ter acontecido milhões de outras coisas com esse botão mágico que estão embaixo do tapete. Fatalmente ocorreram outras quebras de sigilo que não estão merecendo atenção agora, mas merecerão mais cedo ou mais tarde", afirmou Arruda. Ele disse ainda que hoje está claro que havia vulnerabilidade na votação secreta, mas que na ocasião da cassação do senador Luiz Estevão a lista obtida pela ex-diretora do Prodasen, Regina Borges, lhe pareceu um sinal de segurança em relação à possibilidade de manipulação dos votos. Arruda afirmou que a atitude de Regina Borges de não dar um retorno sobre a consulta feita pelo senador sobre a possibilidade de violação do painel, foi desproporcional à consulta realizada - em outras palavras, a ex-diretora teria se precipitado ao fazer algo (a obtenção da lista) que não lhe foi pedido. Arruda também argumentou que a palavra "lista" nunca foi usada, nem na conversa que teve com o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) sobre a possibilidade de violação no painel e nem na conversa que ele, Arruda, teve com a ex-diretora do Prodasen quando fez a consulta.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.