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Arquivo Nacional ganha uma nova sede no Rio

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Por Agencia Estado
Atualização:

Após duas décadas de abandono, o conjunto arquitetônico tombado que hospedou por 115 anos a Casa da Moeda do Brasil foi totalmente restaurado e será a nova sede do Arquivo Nacional, que reúne 55 km de documentos - como o original da primeira Constituição, de 1824 - e mais de 1,3 milhão de fotografias raras. A inauguração está prevista para o dia 20, com a presença do presidente Fernando Henrique Cardoso. A instituição guarda todas as Constituições e emendas constitucionais do País, originais de leis como a Áurea e registros da entrada de estrangeiros no Brasil desde 1808. Com a reforma, que durou um ano e meio e envolveu 400 pessoas, o arquivo terá sua capacidade de armazenamento duplicada. Ganhará uma cafeteria, salas de exposição, lojas, um anfiteatro, salas de consultas, biblioteca e um auditório para 150 pessoas. "Isso deverá atrair mais visibilidade para a instituição e estimulará novas atividades culturais", acredita Jaime Antunes, diretor-geral do arquivo. Para o arquiteto Alfredo Brito, autor do projeto de reforma, o conjunto de quatro prédios e 11.500 metros quadrados, no centro do Rio, é o maior exemplo da arquitetura neoclássica no País. "Nosso desafio foi compatibilizar um monumento tombado com a introdução de novas atividades, além de preservá-lo e valorizá-lo", disse. A construção, cuja pedra fundamental é de 2 de dezembro de 1858, dia do aniversário de d. Pedro II, foi projetada para abrigar a Casa da Moeda, que começou a funcionar lá dez anos depois. Documentos da época apontam o empresário e militar Teodoro de Oliveira como a pessoa que assinou o contrato, mas o autor do projeto original permanece desconhecido. Com a transferência da instituição para Santa Cruz, em 1983, o conjunto passou a ser administrado pelo Arquivo. "Como não tínhamos o dinheiro, ficou tudo abandonado. Mas lutamos e conseguimos salvar o prédio", conta o diretor-geral. Na obra, foram gastos R$ 28,5 milhões, custeados por empresas como Petrobrás (50%), BNDES, Eletrobrás, CEF, Banco do Brasil, ECT, Furnas, CEG e Itaú.

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