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Armando Monteiro Neto declara apoio a Alckmin para evitar debandada do PSDB

Aceno aos tucanos acontece uma semana depois de pré-candidato ao governo ter visitado Lula na carceragem da PF em Curitiba

Por Kleber Nunes
Atualização:

RECIFE – O senador e pré-candidato ao governo de Pernambuco pelo PTB, Armando Monteiro Neto, divulgou nota nesta terça-feira, 24, afirmando que sua chapa “está aberta” para o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB). A manifestação ocorre uma semana depois de o petebista visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sede da superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, e declarar apoio ao petista, na tentativa de descolar da sua coligação o rótulo de “chapa de Michel Temer” cunhado por adversários.

“O nosso palanque, tendo em vista o apoio majoritário que recebe dos partidos dessa frente, estará sempre aberto para que o candidato Geraldo Alckmin possa trazer aos pernambucanos as suas propostas, neste momento tão importante e desafiador para o nosso País”, afirmou o pré-candidato que comanda a chapa “Pernambuco vai mudar” composta por DEM, Podemos, PRB, PV, PPS e PSC, além do PTB e do PSDB.

O bloco "Pernambuco vai mudar" tem confirmado Armando Monteiro Neto (PTB) para o governo. Foto: Dida Sampaio|Estadão

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Em Pernambuco, Monteiro é o principal nome da oposição ao governo Paulo Câmara (PSB), herdeiro político do ex-governador Eduardo Campos — morto em um acidente aéreo em agosto de 2014, quando era candidato à Presidência —, que o derrotou no primeiro turno na eleição daquele ano. Na chapa do petebista está o deputado federal Mendonça Filho (DEM), pré-candidato ao Senado, que no governo Temer comandou o Ministério da Educação até abril deste ano.

O gesto de Monteiro Neto tenta evitar que o PSDB deixe a composição de sua aliança. No sábado, o presidente estadual do PSDB, o deputado federal Bruno Araújo, declarou que estava retirando seu nome como sugestão para a segunda vaga de senador. Em nota, o tucano reclamou de dificuldades dentro do grupo.

Ontem, Araújo, que foi ministro das Cidades até novembro de 2017, se reuniu com Alckmin em São Paulo disposto a desembarcar do bloco de oposição e lançar uma candidatura própria do partido, e assim dar palanque ao paulista.

O petebista minimizou a crise dentro do bloco como divergências “episódicas e pontuais”. "É justo registrar, em meu nome e de todos os partidos que compõem este conjunto, o papel fundamental e extremamente construtivo desempenhado pelo PSDB, em todas as fases desse processo que culminou com a definição do nosso nome para liderar a chapa que concorrerá às eleições. Sem a sempre lúcida e decisiva contribuição do presidente Bruno Araújo não teríamos chegado a este resultado”, declarou Monteiro na tentativa de manter a unidade da coalizão.

Por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa, Araújo declarou que não há mais intenção de abandonar a coalizão e que seguirá trabalhando junto com Monteiro e os outros aliados “para apresentar as melhores propostas aos pernambucanos”. “Tendo em vista as declarações do senador de garantir palanque para Geraldo Alckmin, consideramos os episódios superados”, afirmou o parlamentar.

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