
25 de junho de 2009 | 10h05
Pedro e Tereza, que vivem em Fortaleza, nunca mais voltaram à região da guerrilha. Mas o ex-informante, que mora em uma fazenda em São Geraldo do Araguaia, a 20 quilômetros do Rio Araguaia, tem uma versão diferente sobre a descoberta do foco guerrilheiro comunista. Clobiniano contou que viu Pedro retornar preso como um ?papagaio? para localizar sítios ocupados pelos guerrilheiros. Antes disso, o barqueiro presenciou diversos moradores darem informações aos militares sobre os ?paulistas?, como os guerrilheiros eram conhecidos na região.
O próprio Clobianiano diz que deu longos depoimentos ao Exército. ?Eu era neutro. Fiquei do lado do Exército porque era o lado forte. Era obrigado a dizer quem era guerrilheiro. Era o meu trabalho?, conta. Clobiniano relata que recebia pelo ?trabalho?. Segundo ele, o serviço era forçado. ?Antes do rapaz (Pedro Albuquerque) aparecer preso, os militares já estavam aqui disfarçados de garimpeiro, vaqueiro, roçador e marinheiro?, diz.
De tradicional família de barqueiros do Araguaia, Clobiniano, de 63 anos, conta que, enquanto negociava com os guerrilheiros, levava no barco militares disfarçados de ajudantes. O pai do barqueiro, Manoel Cerilo Nepomuceno, o "Manoel Claro", era informante das Forças Armadas na região desde o começo dos anos 1960. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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