27 de setembro de 2015 | 16h26
SOROCABA - A União Democrática Ruralista (UDR), entidade que representa fazendeiros e produtores rurais, reagiu à decisão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) de buscar uma aproximação com o Movimento dos Sem-Terra (MST), conforme noticiou o Estado neste domingo, 27. "Vai ser um tiro no pé", disse o presidente Luiz Antonio Nabhan Garcia. "No momento em que abre as portas para uma organização fora da lei, o governo cria uma situação de grande desgaste com o setor produtivo rural do Estado", acrescentou.
Como revelou o Estado, Alckmin agendou para esta segunda-feira, 28, no Palácio dos Bandeirantes, uma reunião entre as lideranças do MST e o secretário chefe da Casa Civil, Edson Aparecido. Titulares das pastas da Agricultura, Meio Ambiente, Justiça e Educação também participam do encontro. O governador paulista se aproxima do movimento social num momento em que o MST, aliado histórico do PT, externa descontentamento com os rumos do governo da presidente Dilma Rousseff.
Alckmin estabelece relação com o MST
Avanços. A Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) informou em nota que a relação de movimentos sociais agrários com o Governo do Estado não é baseada em política, mas sim na busca de avanços para quem vive da terra. O Itesp assiste 136 assentamentos, onde vivem sete mil famílias. "A competência constitucional da reforma agrária é do Governo Federal, mas São Paulo é um dos poucos Estados do Brasil que implanta assentamentos em terras julgadas devolutas e garante que 30% de todas as compras de alimentos feitas pelo Estado seja da agricultura familiar. Garantir infraestrutura e condições de produção para os pequenos agricultores é, antes de tudo, prioridade de Estado."
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