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Aprovada criação de 3 mil cargos de confiança no Executivo

Por Agencia Estado
Atualização:

Após uma obstrução que manteve as votações no Senado paralisadas nas últimas três semanas, o governo conseguiu aprovar na noite desta terça-feira, com apenas três votos de diferença, o projeto de conversão à medida provisória que reestrutura a Casa Civil da Presidência e cria 2.793 cargos comissionados no Executivo, de livre nomeação dos ministros. Chamado de ?trem da alegria? pela oposição, foi mantido o texto aprovado no mês passado pelos deputados. Senadores do PFL, PSDB e PDT tentaram, sem êxito, aprovar a emenda que impediria que fosse debitado na folha de pagamento dos órgãos públicos as contribuições que filiados do PT ?repassam? ao partido. A oposição também foi vencida na tentativa de convidar o ministro da Casa Civil, José Dirceu, para que explicasse o motivo da criação desses cargos. Para o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), a iniciativa de criar novos cargos comissionados não se ajusta à forte contenção de despesas feitas pelo governo, inclusive na área social. ?E no final das contas, sabemos que os contratados são apadrinhados do PT?, disse. Para o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), não há sentido no ato do governo em contratar quase três mil comissionados numa fase em que a taxa de desemprego nas regiões metropolitanas bate recorde. O líder do governo, Aloizio Mercadante (PT-SP), rebateu as acusações, alegando que 1.472 dos contratados terão de necessariamente pertencer aos quadros do funcionalismo federal. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontrou a máquina pública ?desestruturada, preenchido por cerca de 160 mil pessoas de forma terceirizadas, o que vem sendo questionado pelo Tribunal de Contas da União.

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