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Aprovação a Lula passa de 64% para 61,2%, aponta CNT/Sensus

Eleitores que aprovam o governo cai de 47,5% para 46,5%, no período entre junho e outubro deste ano

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Por Fabio Graner e da Agência Estado
Atualização:

Interrompendo uma seqüência de oito elevações consecutivas, a aprovação ao desempenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva caiu de 64%, em junho, para 61,2%, em outubro, de acordo com a pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta segunda-feira, 15. A desaprovação, por sua vez, subiu de 29,8% para 32,5% no mesmo período.   Veja Também:   Os números da pesquisa Serra, Alckmin e Aécio lideram corrida presidencial, diz Sensus     De acordo com a pesquisa, a avaliação positiva do governo Lula oscilou de 47,5% para 46,5% no período de comparação e também ficou dentro da margem de erro. Mas neste caso, é a segunda oscilação negativa, já que em abril deste ano a avaliação positiva do governo era de 49,5%. A avaliação regular do governo caiu de 36,5% para 35,9%, enquanto a avaliação negativa subiu de 14% para 16,5%.   A pesquisa entrevistou eleitores entre 8 e 12 de outubro e tem margem de erro de 3 pontos porcentuais para cima ou para baixo. "Nossa conclusão é que há uma estabilidade. O presidente ainda é popular. Ainda não dá para concluir que a popularidade está em trajetória de queda", disse o presidente da CNT, Clésio Andrade.   Segundo ele, o que tem garantido a estabilidade na avaliação do governo e na popularidade do presidente são fatores como a geração de emprego e os indicadores macroeconômicos em geral, além dos programas sociais. Andrade acrescentou que o processo econômico que, de acordo com ele, está sendo impulsionado pelo ambiente externo favorável, tem beneficiado o presidente Lula.   Sucessão   Segundo Andrade, a pesquisa mostra que o presidente Lula é um "bom cabo eleitoral". O levantamento revelou que 10,8% dos entrevistados dizem que só votariam em um candidato apoiado pelo presidente Lula. Outros 25,4% disseram que poderiam votar em um candidato apoiado por Lula. Disseram que não votariam de jeito nenhum em um candidato apoiado pelo atual presidente, 27,3% dos entrevistados. Outros 32,4% disseram que somente conhecendo o candidato poderiam decidir o voto.   Além da sondagem eleitoral, o instituto perguntou aos entrevistados se o mandato parlamentar deve pertencer ao político ou ao partido. 54,2% deles concordam com a fidelidade partidária.   Além disso, 45,3% dos eleitores acham que a Câmara e o Senado deveriam ser unificados em apenas uma instituição.   Reeleição   A pesquisa CNT/Sensus mostrou uma queda no índice de pessoas favoráveis à reeleição. De acordo com o levantamento, 57,4% dos entrevistados manifestaram-se favoráveis à reeleição. Em abril de 2006, última vez em que a pergunta foi feita, 65,4% disseram ser favoráveis à reeleição. O porcentual de pessoas contrárias à reeleição subiu de 28,2% para 38,2%. "O índice de apoio à reeleição cai, mas permanece positivo", disse o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes.   A pesquisa mostrou que 45,7% dos entrevistados opinaram que o presidente deveria ser eleito por apenas um mandato enquanto que 36,8% disseram que o presidente deveria ser eleito para um mandato com direito a reeleição para um mandato, e 12,3% manifestaram-se favoráveis à reeleição para mais dois mandatos, totalizando três mandatos.   Sobre a duração do mandato, 43,6% disseram que o presidente deveria ter direito a um mandato de quatro anos com reeleição, enquanto 34,1% disseram que o mandato deveria ser de quatro anos sem reeleição. Outros 9,2% manifestaram-se favoráveis a um mandato de cinco anos com reeleição e outros 9,1% apoiaram cinco anos de mandato, mas sem reeleição.   A questão sobre a duração do mandato presidencial só tinha sido feita anteriormente em março de 2004, no segundo ando do primeiro governo Lula. Na ocasião, 47,2% disseram-se favoráveis a quatro anos de mandato com reeleição, 28,5% disseram-se favoráveis a quatro anos de mandato sem reeleição, 7,5% defenderam cinco anos de mandato com reeleição e 5,5% a cinco anos sem reeleição.   A pesquisa mostrou ainda que a maioria dos entrevistados defende o voto facultativo. Conforme os dados divulgados, 58,9% manifestaram-se favoráveis ao voto facultativo e 38,4% defenderam o voto obrigatório. Em maio de 2005, última vez em que foi colocada a questão do voto obrigatório, 56,4% manifestaram-se favoráveis ao voto facultativo e 40,9% opinaram pelo voto obrigatório.   Na hipótese de voto facultativo, 58,1% disseram que exerceriam o direito de voto quanto 27,9% afirmaram que não votariam.  

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